VIAGENS A AVALON, GLASTONBURY, 2009/2010

Viagens a AVALON com as Viajes Sagradas, de Susana Ortega, e o apoio de Margarida Neto:

"Avalon pode significar tanta coisa para cada um de nós…
Avalon é a energia que emana o Amor, um Amor ancestral nascido do Divino feminino, do qual a Mãe-terra é também arquétipo.  Avalon é Sentir, Amar, partilhar, a magia de um tempo em que as sacerdotisas levavam no regaço os mistérios da água, da lua e das brumas...é um lugar no teu coração onde sempre podes chegar, é um lugar na Alma que te chama e te espera desde há muito tempo. É o lugar onde se curam as tuas feridas, é a força e o descanso. És tu, sou eu, é a rendição do ego, é o lugar onde somos crianças de novo, um lugar que é como a Mãe, que sem esperar nada te dá tudo. Avalon pode pôr à prova as tuas certezas, pode pôr-te à prova a ti próprio. É um desafio, ela chama-te e uma porta se abre: atreves-te a atravessá-la?" TEXTO DE SUSANA ORTEGA, VIAJES SAGRADAS.



Avalon é uma ilha lendária descrita na lenda arturiana. Aparece pela primeira vez no relato pseudo-histórico de 1136 de Geoffrey de Monmouth “História Regum Britanniae” ("A História dos Reis da Bretanha”) como o lugar onde foi levado o Rei Artur para se recuperar das suas feridas depois da sua última batalha contra Mordred em Calman, e onde foi forjada a sua espada Caliburn (Excalibur). O conceito dessa “Ilha dos Abençoados” tem paralelismos com outras mitologias indo-europeias, em particular irlandesas e gregas. A tradição de Gales, Cornualha e Bretanha reclamava que Artur nunca tinha morrido na realidade, e que voltaria inexoravelmente para conduzir vitorioso o seu povo contra os seus inimigos.
Geoffrey tratou mais detalhadamente o tema na sua “Vida de Merlin” onde descreve, pela primeira vez na lenda arturiana, a feiticeira Morgana le Fay como a mais velha de nove irmãs que viviam em Avalon. A descrição de Geoffrey da ilha indicava que era necessário fazer uma viagem por mar para chegar a ela. A sua descrição mostra a natureza mágica da ilha:

“O nome da ilha das maçãs que os homens chamam “A Ilha Afortunada” provém do facto de que produz tudo por si mesma; os campos não necessitam dos arados dos agricultores e é desnecessário qualquer cultivo que não seja aquele que é proporcionado pela natureza.

Produz cereais e uvas por si mesma e nos seus bosques as macieiras crescem a partir de erva espessa. O terreno produz tudo por si próprio em vez de erva, e as pessoas vivem em Avalon uma centena de anos ou mais. Ali governam nove irmãs, com uma grande hospitalidade para com os que chegam do exterior.

Esta descrição indica que a Avalon de Geoffrey estava baseada no clássico mito das Ilhas Afortunadas assim como na antiga lenda celta do Mundo Espiritual, a “Ilha dos Abençoados”, onde podiam encontrar-se os Heróis já falecidos. Há paralelismos significativos nas tradições irlandesas (Emhain Abhlach, a Ilha das macieiras), onde se encontra a mágica rama de manzano de plata. Também parece haver uma relação com “Afallach”, uma personagem mencionada nas genealogias galegas e que mais tarde, foi relacionada com Avalon por escritores Galegos.
Visitaremos alguns dos lugares mais importantes de Inglaterra: Stonehenge, Abevury, Silbury Hill. Em Avalon: o pilriteiro sagrado, Chalice Well, A Abadia, O Tor, entre outros.

  


Estivemos na Ilha da Deusa sob a influência da lunação de Caranguejo: a matrix, a mãe primordial, os arquétipos femininos, a memória, o inconsciente, as brumas, o passado, o clã, o psiquismo, a intuição, a nutrição, a Alma. Tudo palavras que podemos associar a Avalon (co-incidência). Nesta nova lunação do Caranguejo (de ontem para hoje) continuemos a semear sementes de paz interna através da nossa disponibilidade para nos rendermos à sabedoria da Vida (Vida é uma palavra feminina, como Alma, Ilha, Lua, Paz, Magia). Sinto que essa é uma das bençãos de Avalon – a ligação às forças que são o berço da Vida, através do portal do coração de cada um de nós. A viagem foi uma teia de filigrana prateada que se foi tecendo na medida em que as revelações se incrustavam na mandala, e foi mágica porque as pessoas que estiveram acreditam na Magia da Vida, que é a sabedoria da eternidade. A magia de Avalon só se abre para quem nela crê – e essa foi outra das bençãos deste grupo especial.

Cada um trouxe consigo o seu presente da Deusa. O caminho agora é fazê-lo frutificar no nosso quotidiano. É isso que desejo a todos, com muita prosperidade e bençãos divinas.

A Deusa está a re-emergir no inconsciente colectivo: é certamente a proposta do final dos valores mais negativos do patriarcado, de um novo estilo de vida, e da construção de uma nova sociedade. Tomemos, pois esta informação, como um sinal de esperança para o futuro, ainda mais agora que fomos baptizados pelo hálito da Deusa e que a conhecemos mais intimamente no seu templo octogonal.

O meu abraço do coração a cada um, na Luz da Deusa,

Vera Teresa Faria Leal


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