domingo, 29 de janeiro de 2012

O que esperar desta Lua Nova de Aquário e Celebração do Imbolc perto de Lisboa

O que esperar desta Lua Nova de Aquário e Celebração do Imbolc perto de Lisboa

A Lua Nova de Aquário 2012

A partir de dia 23 Janeiro e durante este ciclo de 28 dias, o mapa da Lua Nova de Aquário vai fornecer os padrões energéticos que influenciarão o colectivo durante esta lunação.
Durante estes 28 dias, o eixo do CONTRIBUTO SOCIAL versus INDIVIDUAÇÃO será activado e pedir-lhe á que responda às seguintes questões:
- Como pode honrar a sua individualidade, assumir o que o torna único e especial, e em simultâneo, como pode estar ligado a todos os outros, contribuindo com o seu sentido único de ser?
- Que acções práticas deve concretizar para apoiar a “conquista” da sua individualidade, do seu SENSO ÚNICO DE SER? E com é que essas acções podem apoiar a nossa nova Visão para uma nova Terra?
- Reconhece que é único e especial? Tem procurado desenvolver os seus dons e talentos? Assume a sua diferença ou esconde-a?
Aquário é visão progressista, inovadora, profética e criativa. Aquário é comunicação à escala planetária, ciência moderna e ciência esotérica, revolução e conexão grupal. Quanto mais você estiver ciente do seu contributo único, melhor poderá apoiar os grupos onde se insere. Aquário mostra quem em ultima análise, todos estamos ligados ao grupo HUMANIDADE e este ciclo vai-lhe mostrar que a sua vida e o seu campo de acção são muito mais amplos do que pensavas. Ligar-se a mentes afins e aceitar lidar com as diferenças é fundamental: Aquário pode ser caótico e rebelde, mas Saturno em Balança pede sentido de compromisso, discernimento sobre as relações verdadeiramente igualitárias e responsáveis e o aprendermos a manifestar as correctas relações humanas. A diferença “só porque me apetece”, a incapacidade de se comprometer com a necessária transformação que decorre de vivermos uns com os outros, de aceitar trabalhar para o bem maior, a visão mais unitária, a meta mais inclusiva, poderá resultar, à escala planetária, nos sérios conflitos que as 7 vindouras quadraturas de Urano-Plutão já anunciam. Neptuno despede-se de Aquário nesta lunação, onde esteve desde 1998. Vimos durante estes 14 anos, o crescimento de uma espiritualidade que, acredito, lançará as sementes da NOVA ESPIRITUALIDADE MUNDIAL, que um dia virá, anunciando essa Era de Ouro onde os ideais AQUARIANOS de IGUALDADE, LIBERDADE, FRATERNIDADE, não serão apenas conceitos, mas uma forma EFECTIVA de organização social.
Aproximam-se tempos de grande exigência para cada um de nós, como sabemos. Aquário pede-nos sintonia com as vibrações mais elevadas que nos ligam e que promovem as grandes sinergias capazes de transformar paradigmas de uma obsoleta, para uma nova Era.
Marte retrógrado em Virgem: o guerreiro retira-se para cuidar… dos detalhes! “O diabo mora nos detalhes” diz o adágio. Lembra-nos que a cabeça pode estar no céu, mas os pés têm que estar na terra, e que precisamos rever onde somos negligentes com a saúde, os deveres quotidianos, em tudo o que é necessário para que a nossa vida tenha equilíbrio.
Esta lunação pede-nos que sejamos ousados como nunca na nossa capacidade de visualizar e de trabalhar EM CONJUNTO, por uma nova humanidade, mais consciente, criativa e solidária. Repto extraordinário! Seja o HERÓI, a HEROINA da sua Vida, e que e que se possa sentir DESPERTO para AS NOVAS POSSIBILIDADES QUE VÊM COM A CAPACIDADE DE NOS ERGUERMOS E DE NOS LIGARMOS EM PROL DO BEM COMUM!


CELEBRAÇÃO DO IMBOLC, Dia 5 Fevereiro, entre as 14h30-18h00

Local: CASA DO MILAGRE em Trancoso do Meio (a 25 klm de Lisboa, entre Arruda e Alverca)

Mais Informações e inscrições: Margarida Neto: neto.margarida@gmail.com


“Eu sou o AR  em redemoinho…a. respiração poderosa e brilhante da Vida.
Eu sou a água que lentamente se junta. As
profundezas escuras da vida, que nos abraçam.
Eu sou o fogo no centro. O calor da vida a desdobrar-se.
Eu sou o barro escuro e húmido.
A Riqueza da vida a manifestar-se.”


- Nesta celebração, faremos uma introdução ao arquétipo da deusa Tríplice: donzela-mãe-anciã, ao mito de Demeter-Persefone-Hécate, ao simbolismos da passagem iniciática do bastão de Cailleach, a deusa anciã avernal, para Brighid a tríplice Deusa donzela da Primavera.  Faremos MEDITAÇÃO DE BRIGHID, e ritual do Imbolc.

Neste dia 1, sagrado para as antigas tradições matriarcais, acendia-se o fogo representando o retorno do calor e o incremento da luz solar, da Luz da Vida; O DESPERTAR para uma nova fase do ano, a partir da qual a energia se movimenta e acelera. Acenda uma vela simbolizando a Luz que quer trazer ao mundo neste ano e escute o seu Silêncio interno, fonte de onde tudo nasce e deixe que a inspiração divina lhe ofereça uma visão da energia arquetípica que está preparada para encarnar em 2012. A Lua Nova pede silêncio, concentração interna do poder, focalização da energia para potenciar quaisquer processos de transformação – quer individuais quer colectivos. Aquário rege a consciência e os movimentos colectivos e aponta para a mudança, a totalidade das possibilidades e o futuro.
 No Imbolc, dedicamo-nos a nutrir uma mais profunda e abrangente Visão, que nos ajude a servir melhor o destino que nos coube, e a nossa relação com toda a Vida. Que Brighid possa estar connosco neste tempo em que a poesia e arte se combinam para estimular novas soluções, para apoiar o renascer da esperança nos corações que aceitam a mudança inevitável nesta Era plena de extraordinário potencial. O Imbolc, nesta lunação AQUARIANA propõe que cada um de nós saiba aderir à sua própria alquimia interior afinando os seus valores, comportamentos e visões, pelo diapasão do novo Tempo!


Um abraço fraterno,
Vera Faria leal, Aquariana e filha de Brighid

PALESTRA DE VERA FARIA LEAL NO CENTRO QUIRON, DIA 3 FEVEREIRO 2012

PALESTRA DE VERA FARIA LEAL NO CENTRO QUIRON, DIA 3 FEVEREIRO 2012:
O despertar da Deusa tríplice no tema natal: PERSÉFONE, DEMETER E HÉCATE: uma abordagem psicológica, astrológica e da espiritualidade feminina

ENTRADA LIVRE
Local: R. Vítor Cordon, nr 5 (ao Chiado) Lisboa.
Quando: inicia às 21h30
Se quiser receber a gravação da palestra envie email para: neto.margarida@gmail.com

Houve um tempo na história muito antiga da humanidade, cerca de 30-000 e 3.000 A.C. que a Grande Deusa regia toda a vida, o mundo dos homens e das mulheres. Nestas sociedades matriarcais do Neolítico, que floresceram cultural e socialmente e onde o paradigma vigente era o de vencedor-vencedor, a Mãe Terra, a natureza, era o corpo da Deusa. Nas Américas, Ela era Pachamama; Ixchel para os Maias, Mawu em África, Ísis no Egipto, Inana, Ishtar ou Astarte no Médio Oriente, Kubaba na Turquia ou Cibeles na Grécia. Estas sociedades possuíam uma cosmovisão profundamente associada à sacralização de toda a vida, aos ciclos da Deusa-tríplice donzela, mãe, anciã, da Lua, da mulher, da natureza, da consciência e de todos os seres vivos. O arquétipo da Deusa-tríplice: a Deusa criadora, Demeter, a mantenedora da Vida; Perséfone Deusa da transformação, dos mistérios do profundo; Hécate Deusa da Morte e Sacerdotiza das Almas. Na grande Mãe (Deméter) mulheres e homens comungavam com o sagrado; as mulheres eram símbolos vivos da Deusa, no seu próprio corpo e sangue, ciclos, sexualidade, gravidez, maternidade. As mulheres eram sacerdotisas (Perséfone), mediadoras entre o sagrado e o humano, celebrantes de rituais que sacralizavam a vida quotidiana das populações, desde o nascimento à morte. Eram curadoras, grandes conhecedoras de plantas curativas, parteiras do nascimento e da morte, xamãs dos mistérios da visão espiritual (Hécate).

A partir da Idade do Bronze (3.300 ac) e sobretudo mais tarde, na Idade do Ferro, dá-se gradualmente o declínio destas sociedades e uma importante mudança de paradigma, que permanece até hoje, acontece nas sociedades humanas. Uma nova espiritualidade e uma nova cosmovisão se impõem durante milénios, pela lei do mais forte no domínio patriarcal que tão obscurantista tem sido. A Grande Deusa, contudo, não “morreu” no coração da humanidade. O seu apelo tem vindo a escutar-se cada vez com mais vigor e poder: na necessidade de respeitarmos os ecossistemas, na crescente consciência ecológica, nos direitos da natureza, das crianças, mulheres e de todos os humanos não tratados como tal. A Deusa, a Espiritualidade Feminina e um “novo” paradigma ressurge nas nossas sociedades e novos pressupostos nas relações humanas e sociais começam a ser propostos. Astrologicamente, como ressurge a Deusa no mapa natal? Vénus, a Lua e a tríplice Lilith permaneceram revelando a presença da Deusa, entendida pelos séculos de acordo com a consciência vigente, mas quando escavamos a simbólica da Deusa tríplice contida nos asteróides Demeter (Ceres), Perséfone (Proserpina) e Hécate (Trívia), Ela revela-se-nos a uma nova luz, oferece-nos as chaves da sua sabedoria ao longo das idades e, uma vez mais, recorda-nos que sempre esteve em nós, UNA, como fonte de água viva jorrando Amor na experiência evolutiva da cada Ser.

Demeter-mãe, a nutridora, a que acalenta os nossos sonhos com a matéria do seu corpo e Alma, é no tema natal, esse potencial de maternar, essa força de nos darmos inteiros para gerarmos nova vida na Vida que somos; senhora da Lua cheia, ela é o manancial das colheitas que podemos desfrutar e partilhar, abundantes como a força da terra lavrada.

Perséfone, senhora da lua nova, na sua dupla condição de, primeiro, Koré ou donzela, e depois amante-rainha do mundo lunar, da intuição e do profundo, ela é uma iniciadora das mulheres, nos mistérios da sexualidade, das transições profundas da Feminitude, na capacidade de sermos eros, mas também logos, resgatando o animus-archoteiro interno, que, tal como o seu marido Hades, pode ser a partir do inconsciente, um núcleo poderoso de crescimento integral e de individuação da mulher. No mapa natal, ela indica também a melhor forma de aceder ao nosso potencial psíquico e regenerador.

Hécate: senhora da lua minguante, anciã sábia, dona das chaves que são as sínteses geradoras de evolução nas encruzilhadas da Vida. Na carta natal, é a guardiã do umbral do inconsciente, arquétipo dos poderes xamânicos, a “que se move entre os mundos” para nos ajudar a iluminar a sombra, a promover a cura e integração, e a comunicar com os reinos espirituais.

Quando se acrescenta a sabedoria mitológica, à cosmovisão e à prática do sagrado feminino, estes asteróides ganham uma expressividade muito rica oferecendo-nos revelações surpreendentes que tornam ainda mais fascinante a sua investigação no nosso mapa natal.
Texto de Vera Faria Leal. Direitos reservados.