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No princípio era a Deusa, o principio feminino da Criação, associado ao mistério da pró-Criação. A Deusa adquiriu mil formas e nomes, presente na origem de todas as culturas. A Deusa simbolizava a capacidade de transformar, de dar vida. Por isso, a mulher era a medida de todas as coisas. O matriarcado legou-nos esta espiritualidade unificadora dos opostos, sacralizadora de toda a Vida, potenciadora da verdadeira plenitude psicofísica e espiritual, quando nos ensina a integrar todas as divindades internas que nos habitam. Nesses tempos, homem e mulher emulavam a integração das energias/arquétipos cósmicos do divino masculino (polo yang, activo) e do divino feminino (pólo Yin, receptivo, realiza pela não acção). O patriarcado, velho de cerca de quatro mil anos, reprimiu com os seus modelos redutores e dualistas (ou és por mim, ou contra mim) – nas mulheres a sua energia/contraparte masculina e nos homens, a sua energia/contraparte feminina, aprofundou a cisão entre a alma e a personalidade, radicalizando o fosso entre acção/razão e ser/sentir , desconectando-nos da sabedoria da nossa mais intrínseca natureza. Mulheres e homens ficaram espartilhados em papeis e modelos que servem o primado da produtividade, da conquista, do saque, do que contribui para a criação de sociedades belicistas, dissociadas da alma, doentes e formatadas numa artificialidade que sufoca o espírito humano, essencialmente livre, integrador e gozoso.
A Deusa está viva! As mulheres estão a redescobrir e a reverem-se em todas as facetas da Deusa, encontrando-se a si mesmas no processo. O crescente movimento da espiritualidade feminina corresponde a meu ver, à renascença espiritual do nosso tempo. Ao resgate da energia, presença e qualidades profundamente curadoras e revitalizantes do divino feminino, quer nas mulheres, quer nos homens. A espiritualidade de Deusa devolve a verdadeira soberania ao corpo, mente e alma da mulher. Ela recupera, cura, revitaliza e unifica a Mulher em si mesma; despertada no seu todo enraiza-se no seu verdadeiro poder, manifesta a sua energia criativa, respeita os seus ciclos naturais e decide por si mesma, de acordo com a tríade – ventre-coração-intuição. Rendida à sua beleza integral ela pode entregar-se á vida confiando que está segura; reconhecendo a sua sacralidade, ela pode expandir-se para viver uma existência mais rica, mais sabia, mais natural e mais infinita no finito. É aí, que ela finalmente atravessa o portal mágico do coração da Deusa, para descobrir que essa sempre foi a sua casa!
- Investigação da tradição das deusas Lusitanas ao longo da Roda do Ano.
- Relação com a tradição do hemisfério norte e dos festivais celtas e inspiração nos rituais das sacerdotizas de Avalon.
Aprendizagem da simbologia e dos rituais de cada um dos Festivais.- Integraremos no Curso (facultativo):
1 - O Workshop de MAGIA CELTA RECLAMING com Morgaine.
2 – Viagem a AVALON em finais de Julho.
O Curso decorre ao longo de 3 espirais – a espiral é um símbolo do devir da eternidade, do desdobramento do divino nos diversos planos da manifestação, dos ciclos sempiternos do Universo.
Cada espiral dura um ano (sendo que a primeira espiral dura um ano, de acordo com a tradição). Os alunos poderão experienciar as diversas facetas da Deusa enquanto se expressa através da Roda do Ano, e das vivências dos solstícios e dos equinócios (com base na tradição celta e Ibérica sempre que possível). Os três anos serão frequentados consecutivamente (é desejável a frequência integral de cada espiral anual, para se frequentar a seguinte). Há trabalhos individuais e trabalhos de grupo. Os arquétipos são padrões energéticos que constelam características universais no inconsciente individual e no inconsciente colectivo da humanidade. Eles mobilizam a psique e contêm um potencial riquíssimo de informação altamente dinamizadora da evolução humana. Vamos aprender a invocar os arquétipos para os integrar conscientemente na nossa vida.
Primeira espiral: Um ano e um dia – 31 Out a 01 No
A ALQUIMIA INTERIOR
Durante a primeira espiral, aprenderemos sobre as diversas facetas da Deusa, e sobre como aplicar a sua sabedoria viva nas nossas próprias vidas. A sua conexão pessoal com a deusa vai expandir-se e aprofundar o processo de transformação interior. Os Workhops da 1ª espiral têm um carácter eminentemente vivencial, mas incluem também uma vertente teórica e outra cerimonial através dos festivais. O ciclo anual das 13 luas: como aplicar esta sabedoria ancestral nas nossas vidas.
A Viagem a Avalon, no final de cada espiral, é fortemente recomendada para quem quiser aprofundar este caminho extraordinário de redescoberta da deusa no seu coração, e vivenciar uma semana absolutamente única na mágica e alquímica Avalon.Os Workshops incluem, entre outros: exposição, meditação, expressão criativa, mandaloterapia, dança, cânticos vivencias, cerimónias. Os Workshops incluem, entre outros: “Os Pergaminhos da Memória” (manual do Curso enviado por email) palestra, meditação, expressão criativa, mandaloterapia, dança, cânticos vivencias, cerimónias.
Segunda espiral O caminho da Deusa: rituais e iniciações
A segunda espiral tem um carácter eminentemente prático, com ênfase nos rituais que fazem parte do aprendizado da sacerdotiza. Aprofundamento da ligação com a Deusa. Aprender a celebrar cerimonias para os vários ritos de passagem da Vida. Os mistérios de sangue, do feminino. Como tornar-se um oráculo da deusa. Constará da mesma série de Workshops e festivais.
Terceira espiral- A Deusa como caminho
Reflecte a clareza de propósito e o compromisso necessários para aprofundar a ligação com a Deusa, como sacerdotiza que assume compromissos diários, fortemente transformadores no seu caminho espiritual. Assim, vamos praticar a presença da deusa diariamente. Vamos investigar o panteão de divindades lusitanas, visitar antigos lugares de culto onde despertaremos cerimónias segundo as estações e o treino culminará numa cerimónia de Auto-iniciação e na participação de ritual no campus, no templo da Deusa.
